30 de Setembro de 2008

 
 
                   Vararam-te no corpo e não na força
                        E não importa o nome de quem eras
                        naquela tarde foste apenas corça
                   indefesa morrendo às mãos das feras
 
                   Mas feras é demais. Apenas hienas
                   tão pútridas tão fétidas tão cães
                   que na sombra farejam as algemas
                   do nome agora morto que tu tens.
 
                   Morreste às mãos da tarde mas foi cedo
                   Morreste por que não às mãos do medo
                   que a todos pôs calados e cativos
 
                   Por essa tarde havemos de vingar-te
                   por essa morte havemos de cantar-te
                   Para nós não há mortos. Só há vivos.
 
 
Ary dos Santos    
(1937-1984)       
publicado por subterraneodaliberdade às 22:10
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