• Contundente repúdio na ONU a essa política genocida dos Estados Unidos • Só EUA, seu aliado, Israel e Palau votaram contra.
• Hoje li que a Reserva Federal dos Estados Unidos havia criado uma nova linha de créditos para os Bancos Centrais do México, Brasil, Coreia do Sul e Singapura.
Fonte: Granma
(Abro o aparelho de rádio e ouço a emissão de Moscovo,
muito abafado, por causa dos vizinhos.)
A voz quente
na boca desta mulher, húmida de bandeiras,
entoa na rádio a apoteose do Futuro
para além do letargo da lucidez dos dias...
Mas tudo em redor
nos brilhos concretos
do cansaço da noite
me insinua um futuro sem esplendor
onde nunca se chega por estradas rectas,
mas só por atalhos
pardacentos de cardos e desvios
a ocultarem-nos a beleza directa do Destino...
Estes 85 momentos da história do PCP são também momentos inseparáveis da luta dos trabalhadores e do Povo Português. (...)
V Congresso do PCP
O V Congresso realizou-se de 8 a 15 de Setembro de 1957, na Casa dos Quatro Cedros, em São João do Estoril - Cascais. Vive-se, então, um tempo em que a acção da Oposição Democrática sofre, ainda, as consequências da recomposição temporária do regime fascista resultante da guerra-fria e da entrada de Portugal na NATO. Destacados dirigentes e militantes comunistas, como Álvaro Cunhal, estão na prisão; outros, como Militão Ribeiro, foram assassinados.
Conhecido como o "pai da montagem", Serguei Eisentein faz parte do primeiro movimento artístico ligado ao cinema, surgido na Russia nos anos 20.
As inovações deste cineasta genial são decisivas para a evolução do cinema até aos nossos dias: possui uma nova abordagem à encenação que lança os alicerces para o cinema de acção baseado nos efeitos especiais e cria uma linguagem para um meio que é novidade na sua época. É indiscutível a influência da sua arte no cinema feito posteriormente.
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
leva a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
lava-a de crimes espantos
de roubos fomes terror
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amor
leva as águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
leva bancos empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam o lucro inteiro
leva palácios vivendas
casebres bairros de lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
leva albergues hospícios
cadeias e hospitais
afoga empenhos favores
vãs glorias ocas palmas
leva o poder de uns senhores
que compras corpos e almas
das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-as com sal e iodo.
Manuel da Fonseca
Já muito se disse sobre o comunista
Che Guevara
Por isso escreverei o que ele disse:
"Não sou nem um cristo nem um filantropo. Sou completamente o contrário de um cristo e a filantropia parece-me nula em relação às coisas em que creio. Bater-me-ei com todas as armas ao meu alcance em vez de deixar-me pregar na cruz ou no que quiser."
"A mulher é de uma importância extraordinária no processo revolucionário. Ela é capaz de realizar os trabalhos mais difíceis, de combater com os homens (...). Na rude vida de combatente, a mulher traz a qualidades próprias do seu sexo e pode trabalhar em pé de igualdade com os homens (...) com uma ternura superior à dos seus companheiros de armas. Ternura bem necessária nos momentos de sofrimento."
"Não ergas hinos de vitória. No dia sem sol da batalha"
"Não sou um libertador. As liberdades não existem. São os povos que se libertam a si próprios."
"Devemos tornar-nos duros, sem nunca renunciamos à nossa ternura."
"Deixem-me dizer-vos, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível imaginar um revolucionário autêntico desprovido desta qualidade. Talvez isto seja um dos grandes dramas do dirigente político. Deve aliar a um espirito apaixonado uma inteligência fria e tomar decisões dolorosas sem que um só dos seus musculos se contraia.(...) Nestas condições, deve ter muita humanidade, um grande sentido da justiça e da verdade, para não cair num dogmatismo extremo, numa escolástica fria, para não se isolar das massas. É preciso lutar todos os dias para que este amor pela humanidade viva se transforme em factos concretos, em actos que tenham o valor de exemplo."
"Quando chegar o momento, estarei disposto a dar a minha vida pela libertação de um qualquer país latino-americano, sem nada pedir a ninguém, sem explorar ninguém, sem nada exigir em troca..."
"Como se pode falar-se de benefício mútuo quando se compram ao preço do mercado mundial as matérias-primas produzidas pelo suor e o sofrimento sem limites dos países pobres, e se compram ao preço do mercado mundial as máquinas fabricadas pelas grandes fábricas automatizadas modernas?"
"Sinto novamente debaixo dos meus tacões as costelas de Rocinante. Retomo a estrada, com o meu escudo no braço (...).
acredito na luta armada como a única solução para os povos que querem libertar-se (...). muitos hão-de chamar-me aventureiro e sou-o, de facto, mas de um tipo diferente, daqueles que arriscam a pele para provar as suas verdades. Pode acontecer que desta vez seja a última. Não o procuro, mas está no capítulo lógico das probabilidades. Se for o caso, beijo-vos pela última vez..."
No dia 1 de Outubro de 1970 os dirigentes do Sindicato Nacional do Pessoal da Indústria de Lanifícios de Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional dos Caixeiros do Distrito de Lisboa, do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários do Distrito de Lisboa e do Sindicato Nacional dos Técnicos e Operários Metalúrgicos e Metalomecânicos do Distrito de Lisboa convocaram a primeira reunião de Sindicatos, tinham como base a longa e grandiosa história dos trabalhadores portugueses na luta por uma sociedade mais justa e solidária.
Foi um caminho duro, caminhado com muita dor e coragem, resistência e protesto, paciência e firmeza por milhares e milhares de trabalhadores que com a sua luta afrontavam o patronato e o estado fascista e promoviam a dignidade dos trabalhadores.
Com o 25 de Abril, foram criadas condições que permitiu aos Sindicatos uma dinâmica nova tornando-os instrumentos indespensáveis para a construção da democracia.
Mas é num quadro em que o país assumira o modelo capitalista que se realiza de 27 a 30 de Janeiro de 1977, o “Congresso de Todos os Sindicatos” com a presença de 1147 delegados, em representação de 272 sindicatos, 13 federação e 17 uniões que a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) se consolida como a grande central unitária dos trabalhadores portugueses.
Consolida-se e desenvolve-se como uma Confederação insubmissa, procurando e incentivando a unidade na diversidade, agindo sempre de acordo com interesses dos trabalhadores.
Assim foi e assim é.
É exemplo actual dessa insubmissão: o desacordo, o protesto e a luta contra o Código do Trabalho promovido pelo Governo do PS e aprovado pelo PS.
Segundo a CGTP-IN o código do trabalho “desequilibra ainda mais a relação de forças entre empresas e trabalhadores, reforça o unilateralismo patronal e a dimensão individual da relação laboral, completa a subversão do princípio do tratamento mais favorável, liquida a contratação colectiva, aumenta a flexibilidade da organização do tempo de trabalho no exclusivo interesse das empresas, impedindo a concretização do princípio da conciliação entre vida profissional e vida pessoal e familiar, reduz os rendimentos dos trabalhadores no pressuposto de que «um modelo saudável de economia não pode passar pelas horas extraordinárias», escolhendo ignorar que o pagamento destas horas significa muitas vezes a diferença entre a miséria e uma vida minimamente digna para os trabalhadores que auferem os mais baixos salários da Europa, e promove novas formas de contratação precária.”
É exemplo actual dessa insubmissão: o apoio dado pelo Sindicato Têxtil do Minho e Trás-dos-Montes aos aperários têxteis barcelenses que enfrentam enormes dificuldades sócio-económicas e vivem verdadeiros dramas familiares.
Estou solidário com todos os Operários Têxteis e Trabalhadores em geral, e apoio as suas reinvindicações: O pagamento das indemnizações aos trabalhadores vítimas de despedimentos colectivos; Regularização dos salários e subsídios em atraso; Melhoria das condições de trabalho; Criação de emprego efectivo e o fim da precariedade; Aumento dos salários.
É sustentado no respeito pelo passado e presente de luta da CGTP-IN na defesa dos interesses dos trabalhadores.
É sustentado na confiança no futuro da CGTP-IN sempre ao lado dos trabalhadores.
É sustentado na certeza que a CGTP-IN tem um papel indespensável no desenvolvimento de uma sociedade democrática e moderna.
Que congratulo-me com os 38 anos de luta da CGTP. Parabéns.