Breve Reflexão Sobre Portugal
Perante os Desafios da Crise
“A crise coloca os povos por ela atingidos, nomeadamente na Europa Ocidental, perante uma situação dilemática. A relação de forças, da Suécia à Itália, de Portugal à Grécia, não abre a possibilidade de que a crise actual desemboque em rupturas revolucionárias. Mas, simultaneamente, a transformação profunda das sociedades da UE, moldadas e oprimidas pelo capitalismo, não é possível pela via institucional, dita pacífica.
A burguesia nunca entrega o poder sem uma confrontação final com as forças do progresso.
Sejamos realistas. No caso português, fora do contexto de uma crise de proporções continentais, os partidos que representam o capital continuarão a vencer todas as eleições. A alternância no governo do PS e do PSD ilustra bem o controlo que a classe dominante exerce sobre os mecanismos eleitorais da impropriamente chamada democracia representativa que na pratica funciona como ditadura da burguesia com máscara democrática.”