A nossa geração - olho-a com tristeza!
É vazia ou é negro o seu provir,
Ao peso do saber e da incerteza,
Vai envelhecendo sem agir.
Tanto ao bem como ao mal indiferentes
Na luta recuamos sem combater;
Diante do perigo cobardes, indolentes,
Desprezíveis escravos ante o poder.
Desprezamos dos avós as alegrias,
A sua pueril devassidão;
E caminhamos para a cova sem honra nem glória,
Olhando para trás com irrisão.
Mikhail Lérmontov
Meditações (1838)