08 de Outubro de 2008

 
 
     Estes 85 momentos da história do PCP são também momentos inseparáveis da luta dos trabalhadores e do Povo Português (...).
 
 
IV Congresso do PCP (II Ilegal)
 
 
     Em Julho de 1946, realiza-se o IV Congresso do PCP (2º clandestino), na Lousã.
     Participam 41 delegados que elegem o Comité Central do Partido e discutem e aprovam os seguintes documentos: "O Caminho para o Derrubamento do Fascismo"; "Organização"; "Actividade Sindical"; "Movimento Nacional da Juventude" e "Auxílio às Vítimas do Fascismo".
     O IV Congresso efectua-se num momento alto das lutas da classe operária e de grandes progressos no desenvolvimento das organizações e das lutas unitárias - um "momento crucial da história do século xx" e um "dos períodos de mais força e influência do PCP na luta contra a ditadura". O Congresso define as linhas fundamentais da via para o derrubamento do fascismo, apontando o levantamento nacional contra a ditadura fascista como o caminho a seguir; reafirma a política do Partido para a unidade nacional antifascista; dá combate à "política de transição" - tendência «direitista e oportunista de um grupo de camaradas [...] que defendiam a ideia de que "o regime fascista se estava a decompor e a desagregar irremedialvelmente" e que a "queda da ditadura fascista resultaria em larga medida dum processo automático que as acções de massas poderiam quanto muito estimular e apressar"».
     No plano da organização e funcionamento do Partido, o IV Congresso aprofunda o processo de construção do conceito de trabalho colectivo, visto e entendido como «princípio básico essencial do estilo de trabalho do Partido»; define os princípios orgânicos do centralismo democrático que orientam a organização do Partido e virão a estar na base dos seus Estatutos.
 
 
     No relatório que apresenta sobre Organização, Álvaro Cunhal (Duarte) aponta para uma concepção de aplicação e desenvolvimento do centralismo democrático em que acrescenta aos «quatro elementos clássicos», os que decorriam da experiência e das lições específicas do PCP, assim imprimindo «características próprias e originais aos princípios orgânicos do PCP, à concepção do PCP relativa ao centralismo democrático» - e assim avançando para a construção inovadora do «partido leninista definido com a experiência própria».
     Pelo conteúdo de debate travado, pela riqueza das orientações e linhas de acção aprovadas, o IV Congresso constituiu um momento maior da história do PCP.
 
     «O fascismo foi derrotado na guerra. Não foi ainda derrotado na paz. A reacção mundial reagrupa-se e procura entravar a marcha da história. O fascismo salazarista encontra novos apoios, manobra com a demagogia, apoia-se na violência e entrincheira-se no poder. A grande tarefa que se coloca ante a nação portuguesa é o derrubamento do fascismo salazarista e a instauração duma ordem democrática que permite ao Povo escolher livremente o seu destino e a edificação de um Portugal Livre, Independente, Próspero e Feliz.»
          (In Informe Político)
 
     «Uma linha política justa que não seja levada à prática pouco vale. A classe operária necessita, a par de uma orientação política e táctica justas, de uma organização centralizada que consolide a unidade ideológica. A linha do Partido não pode ser levada à prática sem uma tal organização, sem um Partido com todas as características dum Partido leninista: um Partido guiada pelo centralismo democrática; um Partido com unidade de objectivo e de acção, incompatível com a existência de quaisquer grupos ou facções.»
          (In Informe sobre Organização) 
 
 
 
 
publicado por subterraneodaliberdade às 23:47

Não há Partido como o nosso...! Abraço!
jorge a 9 de Outubro de 2008 às 14:24
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