NATO arrasta Portugal na deriva militarista
Uma reunião de alto nível da NATO acontece, com prometidas implicações para o nosso país, contudo as notícias são escassas e disfarçadamente procuram iludir as suas graves consequências. Os políticos e os órgãos de comunicação ao serviço dos partidos burgueses sabem e fazem como de costume. Falar muito acerca de nada, e dizem meia verdade acerca do que realmente importa.
Passado meio ano sobre a cimeira de Lisboa, no quadro de declaradamente mais ambiciosa e agressiva estratégia global, o conselho de ministros da NATO reuniu dias 8 e 9 de Junho na sede em Bruxelas para decidir sobre reformas na sua estrutura de comando.
A agenda daquele conselho de ministros testemunha a vocação imperial dessa “aliança”. Aí foram avaliadas as situações militares das guerras no Afeganistão, Iraque e Líbia, de que os EUA e seus aliados são promotores e parte; a situação na Coreia e o posicionamento assertivo da China no Mar da China e nas rotas marítimas do Oriente; as relações com a Rússia, a proliferação nuclear e a defesa balística anti-míssil na Europa (“a guerra das estrelas”).
A NATO procedeu a reforma da sua estrutura de comando estratégico e operacional, tendo em particular anunciado a decisão de transferir para Portugal o “comando operacional” da Força Marítima de Reacção Rápida ‘Strikfornato’, até agora sedeado em Nápoles. Este ‘comando operacional’ abarca a Sexta Esquadra dos Estados Unidos da América e forças navais de outros estados membros. O comando desta Força é assumido pelo próprio comandante da Sexta Esquadra, e reporta directamente com o Comandante Supremo das Forças Aliadas ‘SACEUR’ em Bruxelas.
Fonte: Odiario